JOAN MIRÓ

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ESPÉCIE DE DARWIN EM CRISTO:ottogribel.blogspot.com

A natureza pensada por Darwin e Shopenhauer busca preservar e perpetuar a espécie e, por isso mesmo, destruir o indivíduo velho, fraco e doente através da morte por bactérias, feras, vírus, micróbios, fungos, enfim, microorganismo ou também por temeridade, quando na juventude, que se julga eterna, e, conseqüentemente, nada teme, eliminar alguns dos melhores e corajosos indivíduos.
Daí, pode-se tirar a ilação de que nem sempre somente os mais aptos e fortes sobrevivem à seleção natural, mas também muitos do mais aptos e vigorosos indivíduos perecem e não poucos fracos sobrevivem ao cadinho da seleção natural. A inteligência, quer seja a do animal que cheira melhor, percebe com maior acuidade que outros bichos, bem como a inteligência humana, abstrata e cruel, são ferramentas de sobrevivência da mais elaborada tecnologia com que a natureza dota seres humanos e animais, que, pela mesma palavra andam de quatro patas, quadrúpedes ou bípedes, porém se abrigam sob a expressão : são seres humanos, seres feitos do barro, conquanto a filosofia e, mais, a ontologia, presa à onto-teologia, tenha elucubrado as mais variadas teorias sobre o ser, no sentido de ser filosófico, teológico, teorético, classificando os animais como entes, pois embora o homem também seja um ente, tal qual uma pedra ( no idem da idéia!), o ser humano é o único pensante, daí o único que inaugura o ser ou o contato com ele, quer seja como ser supremo ou como outro ser humano ou mesmo o próprio ego, com o qual há um monólogo, graças às palavras, ao verbo (divino também) ou o "logos", profundamente arraigado na filosofia grega que, delirantes como Heidegger, diz ser a única filosofia, escarnecendo Confúcio e toda a filosofia chinesa ou de qualquer outra parte do mundo letrado.
Quando a Igreja fala em Jesus, sua natividade, sua vida terrena, temporal, sua morte precoce e sua ressurreição e vida eterna, é de se notar que está falando da espécie, sob a forma simbólica e poética, linguagem comum tanto à religião, como á arte pintura, poesia, música, canto ( cantochão) e dança, bem como teatro, que é arte da igreja colocado nos ritos. A linguagem da religião fala por mitos, não pensa a realidade, mas a sente em seus mitos ( o sentido simbolizante do homem, a capacidade de abstrair que, posteriormente, dá origem à filosofia e à ciência e tecnologia oriunda em determinada cultura.
Toda a palavras da igreja para Jesus, desde o apóstolo Paulo, é palavra para dizer da espécie na natureza, com o rito do outono ( morte), inverno (congelamento e morte) e a primavera (ressurreição) e verão, o tempo bom, a reencarnação na natureza em plenitude, no homem em plenitude que, após o ápice, o apogeu ´físico e mental, congela-se durante um tempo, ensina os mais jovens até vir a decadência, a queda das folhas decíduas, nos vegetais caduciformes, que traz o outono pela mão ( mão verde de folha que, no chão, se vira em mão sem cor, folhas mortas na cor amarronzada, cinzas, gris).
O mito e o rito de Jesus é o rito da primavera no mundo natural, que abraça com flores e folhas e crias de animais e insetos ; é o mito das quatro estações, celebradas em Vivaldi, sentido o que a natureza faz e em sua onisciência. Tudo pára, todos os pontos convergem para o equinócio da primavera, que evoca a deusa Vênus, deusa da natureza, a deusa nua na natureza, a energia que simboliza o poder da mulher nua e fértil no inter curso sexual, na conjunção carnal , no ato de energia, no ato da deusa que vive escondida na fêmea e espalhada pelo corpo da primavera ; no ato sexual capaz de gerar um filho ou uma filha para a continuação "eterna" da espécie.( Salve, ó Vênus bela do artista italiano Sandro Boticelli, uma espécie, por assim dizer, de Valentino Rossi da pintura ( Valentino Rossi é um Cavaleiro Medieval de boa cepa, um menestrel, um poeta a cavaleiro da vitória, cujo cavalo branco, (que vem para vencer e vence ao som estridente de um motor com muitos cilindros e cavalos ) é a sua potente motocicleta numeral 46.
esses ritos de primavera evocam o paganismo, que ficou encarnado no cristianismo e foi o elemento ou tempero fundamental para conquistar, em sua guerra e império, muitos adeptos pelo mundo todo, graças à afeição grega e romana aos deuses e deusas pagãs.
os antigos hebreus tinham um Deus nacional, uma divindade real, quer seja essa realidade se materializasse como ente ou um ser que se manifestava pela boca dos seus profetas ( homens íntegros, justos, sábios, sensíveis, verdadeiras antenas de seu tempo) ou através de eventos míticos ou lidos de forma que hoje denominamos de mito. já o cristianismo é um sincretismo pagão e da religião judaica, vez que os cristãos não adoram um deus, mas um homem ( Jesus Cristo ressuscitado, que é o Deus dos cristãos, como nossa Senhora e outras santas e Santos representam os antigos deuses pagãos da grécia e de Roma, que abraçou o cristianismo no desespero e nos estertores do império romano.
Esse sincretismo bem serviu para tornar o cristianismo uma filosofia para inúmeros povos, pois juntou gregos e romanos, bem como judeus e outros povos que espargiram sua cultura pelo mediterrâneo e pelo mundo através´s de império ( os romanos) e cultura ( os gregos), bem como religião ; os sábios judeus adeptos ao cristianismo.
Também o direito romano, fundada na filosofia Grega menor do estoicismo fez nascer o direito, inclusive o canônico e influenciou o cristianismo em sua teologia que também adotou o cinismo para os monges e a escola eleática, na qual foram relevantes Parmênides ( o pai do ser que tanta encantava Heidgger) e Zenão, Zenão de Eléia, o sutil dialético eleata, que acabou dentro da história da teologia dos Padres da Igreja através da abstrusa teologia medieval , em seu ápice de complexidade na teologia de Duns Scott, uma espécie de rei das discussões cerebrinas.
Em Jesus a igreja adora e reverencia uma suposta imortalidade da espécie, tentando estender ao sonho a teoria de Darwin, que reza pela perpetuação da espécie, não a imortalidade. Todavia, o sonho tenta sempre pintar a realidade : é a arte durante o sono, que é um sonho até o despertar.

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